Há dias atrás celebrou-se o Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza. Ao longo do dia, especialistas falaram sobre esta temática nos vários canais de comunicação. Muitos números preocupantes assolaram quem via e ouvia tais declarações. Henrique Pinto, presidente da Associação CAIS declarou que 40% dos portugueses recebem cerca de 470 euros por mês. Perante tais números, urge refletir que estilo de vida poderá ter a população que, cada dia que passa, tem que apertar o cinto. Na verdade, daquilo que constato, as pessoas não estão a apertar o cinto mas, pelo contrário, a usar cintos cada vez maiores. A obesidade é uma realidade num país em que o fantasma da fome reapareceu.
Há dois tipos de fome:
- fome quantitativa: refere-se à carência de alimentos em quantidade suficiente que permita o restabelecimento da energia dispendida nas diferentes atividades diárias;
- fome qualitativa: neste caso, há abundância de alimentos mas estes não têm as características energéticas ideais para revitalizar o corpo físico.
A comida é o que sustenta o nosso corpo físico; é o combustível para o organismo trabalhar plenamente. Contudo, há falta de consciência na utilização da comida. Já poucos olham para a comida e vêm nela uma bênção de Deus. A comida tornou-se algo tão banal que muitos já nem se questionam a função dela. Comem por comer.
Há muita abundância de comida. Nunca houve tanta comida como há hoje. Por todo o lado há restaurantes, cafés, pastelarias, supermercados, lojas alimentares, mercados, feiras… A natureza continua a dar-nos alimentos, apesar da crise. Ainda não soube de nenhuma manifestação de terrenos agrícolas e de árvores a queixarem-se. As árvores continuam a crescer e a dar frutos, a terra continua o seu trabalho, o sol trabalha incansavelmente todos os dias para prover tudo de vida… e no entanto, os humanos dizem que há “crise”!
A fome quantitativa é uma realidade, sim! E está em risco de aumentar se a U.E. cortar nos fundos comunitários para bens alimentares para pessoas carenciadas, caso um problema político entre a Alemanha e outros países não se resolver!!! No entanto, a fome qualitativa ainda é mais problemática. As pessoas que comem um hambúrguer e duas horas depois dizem “estou cheia de fome”, essas são as principais vítimas desta epidemia alimentar. Ao escolher os alimentos deve ter-se em conta o potencial de vida que têm (shakti potencial). E já que o dinheiro nos vai sair do bolso, ao comprar comida devemos refletir:
- o que é preferível: pagar 1,00€ por isto que é lixo alimentar, carente de nutrientes básicos para o correto funcionamento do meu organismo, é saboroso mas totalmente artificial, tem açúcar, gorduras, sal, e uma hora depois vou ter necessidade de comer mais porque isto não me vai alimentar, o que implica que tenha de pagar por mais uma coisa, ou dar 3€ por este alimento natural que me vai saciar durante 3 horas e não tem riscos para a minha saúde?
Fica a questão.
Parabens pela abordagem deste tema. Nos somos o que comemos, e ao comer mal estamos a condicionar a nossa existência física, com resultados bastante nefastos a medio-longo prazo. Partilhei no facebook. Bjs.
ResponderEliminarInti