quarta-feira, 13 de junho de 2012

TÉCNICAS DE MANIPULAÇÃO DAS MASSAS


Reescrevi um e-mail que recebi com este mesmo título. Apenas fiz algumas correções a nível ortográfico e gramatical, segundo a língua portuguesa de Portugal, nada mais. Não vou fazer qualquer comentário. Deixo isso para todos aqueles que lerem este artigo.

Noam Chomsky, autor do livro “Visões alternativas”, desenvolveu a lista das “10 estratégias de manipulação” dos princípios sociais e económicos, de forma a atrair o apoio inconsciente dos meios de comunicação, para a manipulação.

1.       A ESTRATÉGIA DA DISTRAÇÃO
O elemento primordial do controlo social é a estratégia da distração, que consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças decididas pelas elites políticas e económicas.
A técnica é a do dilúvio ou inundação de contínuas distrações e de informações sem importância.
A estratégia da distração é igualmente indispensável para impedir que o público se interesse pelos conhecimentos essenciais na área da ciência, da economia, da psicologia, da neurobiologia e da cibernética.

“Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, atraída para temas sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado, sem nenhum tempo para pensar.” (In “Armas silenciosas para guerras tranquilas”)

  1. CRIAR PROBLEMAS E DEPOIS OFERECER SOLUÇÕES
Esta método também é chamado:
“problema → reação → solução”.
Cria-se um problema, uma “situação” prevista, para causar certa reação no público, a fim de que este seja o suplicante das medidas que se deseja fazer aceitar. Por exemplo: deixar que se desenvolva ou se intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público seja o requerente de leis de segurança e políticas, em prejuízo da liberdade. Outro exemplo é criar uma crise económica para que o povo aceite, como um mal necessário, o retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços públicos.

  1.  A ESTRATÉGIA DA GRADAÇÃO
Para fazer com que se aceite uma medida inadmissível, basta aplica-la gradualmente, a conta gotas, num prazo alargado. Desta forma, as novas condições impostas, as mudanças radicais, são aceites sem provocar revoltas.

  1. A ESTRATÉGIA DO ADIAMENTO
Outra maneira de provocar a aceitação de uma decisão impopular é a de apresentá-la como “dolorosa e necessária”, obtendo a aceitação pública, no momento, para uma aplicação futura.
É mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrifício imediato, pois a massa, ingenuamente, crê que “amanhã tudo irá melhorar” e que o sacrifício exigido poderá ser evitado. Isto dá mais tempo ao cidadão para se acostumar à ideia da mudança e de a aceitar, com resignação, quando chegar o momento.

  1. DIRIGIR-SE AO PÚBLICO COMO CRIATURAS DE POUCA IDADE
A maioria da publicidade dirigida ao grande público utiliza discursos, argumentos, personagens e entoações, particularmente infantis; muitas vezes até a roçar a debilidade, como se o espetador fosse uma criança ou um deficiente mental.
Quanto mais se tenta enganar o espetador, mais se tende a adotar um tom infantil. Porquê? “Porque dirigir-se a uma pessoa, como se ela tivesse 12 anos ou menos, tenderá, por sugestão, a provocar respostas ou reações mais infantis e desprovidas de sentido crítico.”

  1. UTILIZAR MAIS O ASPETO EMOCIONAL DO QUE A REFLEXÃO
Fazer uso do aspeto emocional é uma técnica clássica para diminuir a análise racional e neutralizar o sentido crítico dos indivíduos.
Por outro lado, a utilização do registo emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente, para implantar ou injetar ideias, desejos, medos, temores, compulsões ou induzir a determinados comportamentos.

  1. MANTER O POVO NA IGNORÂNCIA E NA MEDIOCRIDADE
Esta técnica consiste em fazer com que o público seja incapaz de compreender a tecnologia e os métodos utilizados para o seu controlo e a sua escravidão.
“A qualidade da educação dada às classes sociais inferiores deve ser a mais pobre e medíocre possível, de forma a que a distância entre estas e as classes altas permaneça inalterada no tempo, e que seja impossível alcançar uma autêntica igualdade de oportunidades para todos.”

  1. ESTIMULAR O PÚBLICO A SER COMPLACENTE COM A MEDIOCRIDADE
Há que fazer crer ao povo que está na moda a vulgaridade, a incultura, a maledicência, a admiração por personagens sem talento ou mérito algum, o desprezo pelo intelectual, o exagero do culto ao corpo e a desvalorização do espírito de sacrifício e do esforço pessoal.

  1. REFORÇAR O SENTIMENTO DE CULPA PESSOAL
Pretende-se fazer crer ao indivíduo que ele é o único culpado da sua própria desgraça, por insuficiência de inteligência, de capacidade, de preparação ou de esforço. Assim, em lugar de se revoltar contra o sistema económico e social, o indivíduo desvaloriza-se, culpa-se, gerando em si estados depressivos, que inibem a sua capacidade de reação. Sem reação não haverá revolução.

  1. CONHECER OS INDIVÍDUOS MELHOR DO QUE ELES MESMOS SE CONHECEM
Nos últimos 50 anos, os avanços da ciência geraram uma crescente brecha entre os conhecimentos do público e aqueles utilizados pelas elites dominantes.
Graças à biologia, à neurobiologia e à psicologia aplicada, o Sistema tem desfrutado de um conhecimento avançado do ser humano, tanto de forma física como psicológica.
O Sistema conseguiu conhecer melhor o indivíduo comum do que ele se conhece. Isto significa que, na maioria dos casos, o Sistema exerce um controlo e poder superior sobre os indivíduos ao que estes pensam que realmente têm.

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