Volto a abordar o último tema de que falei: o amor. E volto a falar do mesmo porque anda meio mundo completamente desesperado por ter uma relação amorosa com alguém. O ser humano complica o que é simples.
Compreendo agora porque é que Jesus sendo a maior consciência que passou pelo planeta Terra, sendo a encarnação divina do amor, foi tão mal compreendido, inclusive nos dias de hoje. Quando o ser humano está adormecido do que é e o que está aqui a fazer, confunde tudo. Ao ouvir alguém falar de amor, da vida, de Deus, em vez de agarrar essa sabedoria, agarra a personalidade de quem fala.
A maioria das pessoas procura o seu príncipe encantado ou a sua princesinha e idealizam-no segundo o seu parâmetro de perfeição e assim passa-se uma vida inteira à espera do homem ou da mulher dos seus sonhos. As telenovelas, os filmes, os livros vendem uma conceção de amor ilusório. O amor representado neste tipo de canais é uma ideia completamente falsa, absurda e distorcida desse sentimento nobre e bonito. O conceito de almas gémeas está tão banalizado que ninguém compreende que a outra metade que nos completa só nos será dada como recompensa pelo bom trabalho desenvolvido neste mundo. O Mestre Saint Germain diz que a maioria das relações homem-mulher são meramente kármicas, são relações em que os dois são postos no caminho um do outro para pagarem uma dívida que trazem com o outro. A muito poucos se lhes é dado a alma gémea. Se alguém está na nossa vida é porque tem que estar. No universo não há acasos nem impossíveis. Tudo e todos têm um significado na nossa aprendizagem terrestre. O amor à primeira vista não é mais do que empatia, não passa de um reconhecimento de um espírito com o qual estivemos em vidas passadas.
Apercebo-me que cada vez há mais pessoas desesperadas por encontrar alguém. Estamos a receber muitas energias cósmicas nesta fase importantíssima. Nunca o Homem e a Terra receberam tantas influências como estão a receber agora. Tal, quando não se está numa determinada frequência energética, cria muita confusão, mesmo nas pessoas que se assumem como “espirituais”. Pessoas há que procuram desesperadamente o/a outro/a. Quando encontram alguém que lhes desperta a atenção, imediatamente pensam que encontraram o/a tal. Então, começam um trabalho desesperante por consegui-lo/a ter. Focam de tal maneira a sua atenção na outra pessoa que, sem se aperceberem, estão a entrar no seu livre-arbítrio, causando-lhe dano, se ele/a não estiver devidamente protegido/a. “Se o/a amas, deixa-o/a livre”, é uma máxima a seguir. O que é teu, a ti virá. Para todos está destinado um homem/mulher com quem partilhar esta aventura maravilhosa que é a vida. Só temos que pedir e aguardar, colocar tudo nas mãos de Deus e aceitar a Sua vontade. No entanto, ouço pessoas a dizer que “há-de ser o que Deus quiser” mas na verdade, no seu interior, desejam uma determinada pessoa e ali focam a sua atenção, prendendo-a. Trabalhar a energia da atenção é algo muito sério. A atenção é um poder que deve ser aprendido a manejar. Aprender a colocar e a retirar a atenção em algo que se pretende ou pretendia é objeto de um grande trabalho espiritual. Quem deseja alguém em especial, se não for do livre consentimento dos dois, pode, sem se aperceber, estar a criar karma para si e para o outro pois está a violar uma lei divina: o livre arbítrio.
Ninguém pode percorrer um caminho espiritual sozinho. Ninguém. Somos espíritos encarnados, uns em corpos de homens e outros em corpos de mulher. Por algo nascemos homens ou mulheres. No caminho de Deus há que equilibrar as forças masculinas e femininas dentro de cada um e para tal precisamos da energia oposto à nossa. Tal dá-se no ato sexual (alquimia). Muitas escolas de espiritualidade e religiões pregam a abstinência sexual. Estamos aqui, existimos pelo envolvimento sexual do nosso pai e da nossa mãe. Se estamos aqui também é nosso dever deixarmos um legado através dos nossos filhos. Se o sexo fosse algo mau, “fruto do diabo”, se o homem não precisa-se da mulher e a mulher não precisa-se do homem para chegar a Deus, então haveria só homens ou só mulheres. Mas por algo Deus criou homens e mulheres e Ele sabe o que faz, Ele é a perfeição suprema. Que o Homem não O compreenda isso é outra coisa mas Deus é omniperfeito.
Querer um/a companheiro/a é a coisa mais natural do mundo. O amor entre um homem e uma mulher é algo divino. O amor não pertence à personalidade, o corpo humano não pode amar sozinho. O amor vem de algo mais interno, o amor provém do espírito de cada um. Só quando nos aferramos à nossa divindade, a amamos acima de tudo, amamo-nos incondicionalmente, estamos sempre apaixonados por nós, pelos outros, por Deus, pela vida, então aí compreendemos que podemos amar qualquer pessoa à face da Terra porque a nossa conceção de amor é muito superior ao conceito de amor dominante pela humanidade. E é quando temos essa compreensão que a magia da vida se dá e Deus coloca-nos a pessoa certa no nosso caminho. Só há que deixar tudo fluir. Por vezes, é nos dada uma pessoa que nem nos passaria pela cabeça mas que é a pessoa certa, é a escolha de Deus para nos auxiliar na missão que cada um deve desenvolver na Terra. Só temos que pedir a Deus uma pessoa com determinadas características, acreditar que o universo vai se encarregar de fazer com que essa pessoa venha até nós, não desejarmos uma pessoa em específico pelas razões acima apontadas, esperar e desenvolver um grande trabalho interno até à sua chegada, ler as mensagens que a vida nos dá (através da intuição e não do intelecto) e quando demos por ela, voilá, parabéns, tens a recompensa pela consciência que tomaste através de uma pessoa maravilhosa que entra na tua vida e com quem te relacionarás para cumprires o plano divino que tens nesta vida.
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