Era uma vez um bebé que quando nasceu era a alegria de todos os que o rodeavam. Que anjinho! Que ser de luz tão belo e precioso! Tão perfeito! À medida que vai crescendo vai descobrindo o mundo à sua maneira. Quer experimentar tudo e, sem se dar conta, vai fazendo coisas “menos corretas”, sendo punido imediatamente pelos que lhe são mais próximos. Vendo que é castigado sem saber muito bem porquê, começa a pensar duas, três, quatro vezes antes de fazer ou dizer seja o que for, com medo de ser chamado a atenção de uma forma destrutiva, de ser rejeitado e de ficar sozinho. Chega até a deixar de tentar aquilo que queria e começa a fazer ou dizer coisas para ficar bem visto pelo seu círculo mais restrito e assim saber que tem algum apoio. Esse ser cresce adquirindo os hábitos, as crenças, a linguagem, o modo de vida do meio onde se insere, tendo sempre o cuidado de não “sair da linha” para não ir contra o padrão vigente. O anjinho puro que era deu lugar a um homem ou mulher totalmente programado/a, cópia do sistema, com pouca capacidade de Ser o que realmente é. Coloca uma máscara e vai atuando no cenário que o destino lhe construiu. Com tão pouca auto-estima, mesmo aparentando ser alguém muito bem sucedido em todas as áreas da sua vida, começa a pensar em ter algo que toda a gente tem: uma relação amorosa. Assim, conhece uma pessoa e aos poucos interessa-se por ela, sentindo o coração a palpitar, o estômago pequenino, a cabeça sempre na direção dessa pessoa e diz que está apaixonado e que finalmente encontrou o amor. Para ir de encontro à imagem que essa pessoa deseja ver num/a parceiro/a, este indivíduo demonstra apenas o seu lado solar, teatralizando o/a homem/mulher perfeito/a. Passam-se dias maravilhosos com promessas de amor eterno, beijinhos, passeios, descobertas em conjunto, um rol de coisas boas. Eis que, com o tempo, a convivência diária, as provas de uma vida, o ator vai ficando cansado e, aos poucos, deixa cair a máscara, mostrando então o seu lado lunar. Começam agora os discursos de “tu não és o que pareces”, “tu enganaste-me”, “não sei como é que me fui apaixonar por ti”, entre outras coisas pouco agradáveis. Vendo a sua estabilidade a ser ameaçada e correndo o risco de ficar sozinho, há que pôr em marcha um plano para não deixar fugir o pássaro que se tem na mão. Eis os resultados dessas técnicas:
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