quinta-feira, 12 de abril de 2012

A GÉNESE DOS PENSAMENTOS

Ao contrário do que se pensa, as pessoas inteligente não são as que pensam muito. Nos dias atuais, estamos constantemente a ser bombardeados com informação e há uma pressão da sociedade para sabermos muito e de muita coisa. Aqui o que trabalha é o intelecto ou mente analítica. Adquire-se informação de um determinado objeto mas apenas superficialmente. Não se chega a conhecer a natureza do objeto.

É quando o cérebro acalma a sua atividade mental que se têm pensamentos mais profundos. Tal deve-se ao facto de que a glândula pineal (o nosso primeiro centro físico a receber energias cósmicas) manifesta-se mais facilmente em frequências vibracionais mais elevadas. Daqui se compreende porque é que grandes sábios mesmo tendo pouca escolaridade, sabiam tanto acerca do mundo e do universo.

Tudo é energia. Nós somos energia em movimento. Onde está a nossa atenção, quer a nível visual ou mental, ali está a nossa energia. Somos reis e rainhas da Criação. Somos co-criadores da nossa realidade. Mas o que é que isto significa?

Estudos de física quântica demonstram que objeto e observador criam uma relação bilateral. Ao concentrarmos a nossa atenção em algo, vamos influenciar o objeto. A nossa energia vai fundir-se com a energia do objeto e dali nasce outro tipo de energia. O objeto não voltará mais a ser o mesmo porque agora detém algo que até então não tinha: a nossa energia. Também nós não voltaremos a ser os mesmos pois entrou em nós a energia do objeto. Assim compreende-se porque é que quando vemos uma coisa não mais a esquecemos. Se eu disser para pensares num prato, imediatamente produzes o desenho de um prato na tua cabeça. A imagem do prato vem à tua mente porque algures já viste um prato. A energia do prato está dentro de ti.

Um grande mestre de sabedoria divina afirmou que o nosso caráter depende da quantidade e qualidade de experiências que tivemos. Todos os dias são ótimas oportunidades para adquirirmos experiências, se estivermos recetivos a isso. Estamos sempre a aprender. Basta que queiramos. Toda a nossa vida é um filme sem fim de experiências. Estas só têm um único objetivo: fazer crescer e evoluir.

As experiências advêm das situações pelas quais passamos. Não são as experiências em si que são “boas” ou “más” mas sim a atitude em relação às mesmas. Nenhuma situação é má. Um princípio metafísico diz que tudo é perfeito. A forma como vamos enfrentar cada situação depende do que temos dentro de nós. E o que é que existe no nosso interior? Crenças, medos, conflitos, preconceitos. A lei universal das analogias diz que como é dentro, assim é fora, por isso, qualquer atitude que se tenha é a manifestação externa da maneira de ser de cada um.

Tudo o que temos dentro é fruto do passado, são acontecimentos que já passaram mas que influenciam o nosso presente e a forma como encaramos o futuro. Por algo se diz que o presente é filho do passado e o futuro é filho do presente. Tal como se estuda História na escola para compreendermos o mundo de hoje, assim temos de estudar o nosso passado, compreendê-lo e libertarmo-nos dele. A doença não é curada com analgésicos. É preciso ir mais a fundo e conhecer a sua raiz para diagnosticarmos as causas e assim chegarmos à cura.

O que somos hoje é derivado de uma cadeia de experiências. Um determinado medo, trauma ou crença deve-se não a uma mas a um conjunto de situações passadas. Assim, é importante fazer uma viagem ao passado e analisarmos as circunstâncias que envolvem cada uma das situações que mais nos marcaram até hoje. Ninguém consegue curar-se de algo sem fazer esse trabalho. Há autores que afirmam que quando vivemos uma situação, chega a haver 52 percepções que a vão marcar: dia, local, pessoas envolvidas, objetos, estado do tempo, cor, som, cheiro, sensação, textura, sabor, etc.. No nosso subconsciente (ou mente reativa, como lhe chamam alguns autores) são essas as características que vão ficam impressas. Quando estivermos a viver alguma situação em que haja alguma dessas características, o que sentimos na altura da primeira ocorrência, volta a manifestar-se. Daqui se compreende porque é que não gostamos de determinados locais, de certas pessoas ou de algumas situações particulares. É urgente fazermos essa análise de situações que nos marcaram, compreendê-las e libertarmo-nos delas. Só pela compreensão é que há libertação.

São as experiências passadas que vão formular as crenças que temos e que estão na génese da tipologia dos nossos pensamentos, que vão criar a nossa realidade. Aqui ressalta-se a importância de estarmos aqui para sermos felizes. A todo o instante e momento somos infinitamente abençoados. A energia está sempre a fluir e a manifestar-se em coisas, pessoas, oportunidades, que nos propiciam uma aprendizagem a vários níveis. É importante reprogramar-nos para sermos felizes e educarmos as crianças para o mesmo. Somos responsáveis por darmos felicidade a todos aqueles que se cruzam connosco. Só damos o que temos, por isso, só pode dar felicidade quem é feliz. E para sermos felizes temos de estar em harmonia com tudo e todos. Como é que se consegue a harmonia perfeita? Com total integridade entre o que pensamos, sentimos, falamos e atuamos. Tudo começa com os pensamentos. Compreender isto é compreendermos a nossa vida.

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