terça-feira, 17 de julho de 2012

A EDUCAÇÃO DA NOVA ERA - II


As crianças de hoje são diferentes das de antigamente. Isso é notório e ninguém pode questionar. Crendo ou não, a Lei da Evolução é um facto. Assim, as crianças de hoje são naturalmente mais inteligentes, enérgicas, curiosas e, enquanto adolescentes e jovens adultos, mais inconformadas com o sistema vigente. Sempre houve crianças especiais, mas desde a década de 80, que se assistiu a um boom de seres com outra energia. Contudo, a educação que lhes é dada não lhes dá a oportunidade para explorarem todo o seu potencial. É quase como termos um diamante sujo. Essa pedra preciosa precisa de ser polida para brilhar intensamente. 

O que se segue é um resumo da obra “A Educação na Era de Aquário”, do Mestre Hilarion. Recomendo vivamente este livro. O Mestre fala de uma forma extensiva e intensiva da Educação a vários níveis. Contudo, nesta síntese debruçar-me-ei mais no sistema educativo a implementar, assim como referirei algumas linhas gerais da educação da criança/adolescente.

O Mestre Hilarion defende um sistema educativo integral e integrado. Integral porque o ser humano deve saber de tudo um pouco e não se restringir apenas à língua materna, as matemáticas ou ciências. Temos de formar adultos que possam responder aos desafios nos vários campos de atuação humana. Na educação integrada, assiste-se a cinco fatores preponderantes no desenvolvimento infantil: a criança, o ensinamento, a família, a escola e a sociedade. Estes cinco aspetos devem e têm que se relacionar entre si, para se proceder às mudanças que é necessário implementar no mundo. A família só por si consegue pouco, a escola sozinha pouco consegue, portanto, o crescimento e desenvolvimento saudável de um indivíduo vai depender dele e da forma como se inter-relaciona com os outros elementos.

Na escola, há que aproveitar o melhor de cada aluno. Como alguém disse, um dia, se todos formos uma nota musical, juntos compomos uma bela melodia. É isso que se requer de um grupo. Cada um tem características, potenciais, competências e capacidades, que os outros ou não têm ou têm em menor grau. Portanto, deve-se abolir a competição e passar a fazer com que haja a interajuda entre os colegas de turma. Outra característica deste novo modelo é a questão do professor guiar o percurso académico da criança, desde cedo, consoante as suas aptidões. Não há bons alunos nem maus alunos. Há crianças que gostam mais de matemáticas do que de desporto, outras que têm mais inclinação para as artes do que para as línguas e, conforme as suas características, há que conduzir o indivíduo para a área onde ele possa desenvolver a missão que trouxe para esta vida.  

Há três áreas que têm de ser matérias obrigatórias nos currículos escolares:
- a ecologia: desde criança, o indivíduo deve tomar noção do seu papel neste planeta, que é a nossa casa, estimando-a, preservando-a e cuidando-a;
- a alimentação: ensinar não só às crianças, como aos pais, os cuidados a ter com a comida que se ingere, de forma a proporcionar a melhor saúde possível ao corpo físico, respeitando-o;
- o voluntariado, ou aquilo a que o Mestre designa como “obras de caridade”: envolver a criança na sociedade onde está inserida, pregando o amor ao próximo, incentivando-a a dar de si aos outros.

É interessante verificar que o Mestre Hilarion nunca, em parte alguma, pede para se falar de Deus às crianças. Antes pelo contrário. Ele diz que só na adolescência, é que se inicia o caminho espiritual. Na infância há que educar para o amor; a criança deve ter experiências que a levem a experimentar o amor, o serviço, a ajuda ao próximo. Naturalmente, o Eu Superior de cada um, irá aparecer no devido momento, levando o indivíduo a procurar algo mais. Se refletirmos bem, tem a sua lógica. Quantas pessoas não conhecemos traumatizadas com Deus, com a religião, com a espiritualidade, devido a experiências pouco agradáveis que tiveram na infância, porque alguém as obrigou a algo ou causou-lhes medo, falando-lhes desse ser a que chamamos Deus?

Acabo este artigo com uma mensagem do Mestre Jhasua, que afirma que as verdadeiras revoluções num país jamais se darão com guerras ou mudanças no Governo. As grandes mudanças dar-se-ão através da educação das crianças de hoje, adultos amanhã.  

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