“Corajoso não é o que não tem medo. Corajoso é o que, mesmo tendo medo, tenta.”
(autor desconhecido)
Uma experiência nunca é má. Do ponto de vista humano, as “contrariedades” da vida são sinónimo de sofrimento, de mágoa, de dor, de sacrifício. No entanto, para o espírito (que é aquilo que realmente somos) tudo são aprendizagens. Tudo. De tudo há que tirar a lição merecida. Há um princípio kobda que diz: “extrair do fundo de todas as coisas o que há de mais belo nelas”. Olhando para o nosso passado, para a situação mais amargurada por que passámos, refletindo seriamente no que aconteceu chegamos à conclusão que aquilo foi importante para hoje sermos as pessoas que somos, termos o caráter que temos, estarmos no nível de evolução onde nos encontramos. Certamente que se não passássemos por tal não seriamos as mesmas pessoas. Esta é uma verdade.
No entanto, o que é que vemos no mundo lá fora? A pessoa comum vive apavorada por cometer um erro. Algo que é perfeitamente normal torna-se um “bicho papão”. Tal deve-se a que, desde pequenos, fomos programados a pensar que para sermos perfeitos, para estarmos dentro de um determinado grupo, não devemos fazer certo tipo de coisas, caso contrário somos mal vistos, criticados e pode até dar-se a exclusão. Reflete na seguinte questão:
Quantas vezes tiveste que cair para aprender a andar de bicicleta?
Foi por teres caído uma ou duas vezes que desististe? Foi por teres chegado a casa com o joelho esfolado e a perna com nódoas negras que puseste a bicicleta de lado e pensaste que nunca mais irias andar nela?
Há dois tipos de erros:
- erros ocasionais: cometem-se por falta de atenção ou falta de conhecimento;
- erros sistemáticos: cometem-se frequentemente por desleixo ou desconhecimento.
Que ninguém tenha medo de errar. É claro que ninguém gosta que lhe “puxem as orelhas” e na altura fica-se constrangido. No entanto, se não se chamar a atenção, a pessoa vai continuar a cometer o mesmo tipo de erros, por vezes, até sem se aperceber. Muitas pessoas não fazem as coisas por mal. Apenas não têm noção do que estão a fazer e é nesses casos que devem ser chamadas para lhes ser explicado como é que deveriam ter atuado. Esta crítica deve ser feita de forma construtiva, deixando sempre claro que se está a criticar a atitude e não a pessoa. A pessoa é uma coisa. As atitudes dela são outras. A mesma pessoa pode ter atitudes tão diversas quantas as pessoas com quem lida, mesmo que dentro do mesmo contexto. Uma pessoa pode ser simpática para uma e antipática para outra e no entanto não deixa de ser a mesma pessoa. Por isso, quando se chama a atenção de alguém deve chamar-se por causa da atitude que teve. Isso é fundamental para evitar conflitos. Hoje, as pessoas levam a mal que lhes digam seja o que for porque acham que estão a entrar em choque com a personalidade delas, quando não é verdade.
A humildade é uma característica de quem tem uma mente forte, uma auto-estima elevada. Que não se confunda humildade com passividade. Esta faz parte dos débeis. Quanto mais sabedoria se tem e mais confiança consciente se tem, mais humilde se é. Humildade é reconhecer que “sim, eu errei mas a vida continua e tal não voltará a acontecer”. Aprende-se com o erro e segue-se em frente. Não se deve perder muito tempo com algo que aconteceu, caso contrário daqui a 30 ou 40 anos ainda se está a falar do que aconteceu ontem com o mesmo sentimento de raiva, dor e frustração com que se viveu o episódio. O que há a depreender deste tipo de atitudes? Que pura e simplesmente a pessoa não aprendeu com o erro e vai-se martirizar o tempo todo com isso, gerando emoções e sentimentos negativos. Acorda, Homem! Desperta! Estás aqui para aprender e aprende-se caindo, o mesmo é dizer errando. Quando cais, levanta-te. Para quê ficares sentado no chão a chorar pela queda?
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